Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal

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“Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal é uma obra clássica que oferece respostas claras e objetivas às perguntas que sempre desafiaram os seres humanos. Esse livro foi escrito entre os anos de 1923-1938 e é uma coletânea de 168 capítulos, ordenados de modo a explicar os aspectos da vida, a Obra de Deus, o Universo e as Leis que regem a Criação. Explicações sobre livre arbítrio e responsabilidade, intuição e intelecto, o Além e os diversos planos do Universo, a Justiça e o Amor de Deus. Responde eternas questões sobre qual o sentido da vida na Terra, a origem do homem e o que acontece conosco após a morte terrena. Também aborda e explica as causas das crises sem precedentes que a humanidade enfrenta nos tempos atuais e nossas responsabilidades para o futuro.

“Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal apresenta ao ser humano, explicações concretas sobre a origem da vida, carma, destino, reencarnação e as diversas vidas na Terra, a verdadeira missão de Jesus, Juízo final, a influência dos astros, o corpo, a alma e o espírito, de onde viemos, quem somos e para onde vamos, e muitoas outras questões.

PARA VOS GUIAR!

Cai dos olhos a venda e a crença se torna convicção. Somente na convicção residem a libertação e a salvação!

Apenas me dirijo àqueles que procuram com seriedade. É preciso que estejam aptos e dispostos a examinar isto objetivamente! Os religiosos fanáticos e os entusiastas fúteis que permaneçam à distância, pois são nocivos à Verdade. Quanto aos maldosos e aos incapazes de serem objetivos, estes encontrarão nas próprias palavras o seu julgamento.

A Mensagem atingirá apenas aqueles que ainda trazem em si uma centelha da Verdade e o anseio de serem verdadeiramente homens. Para todos esses Ela se tornará farol e bordão. Sem desvios os conduz para fora de todo o caos da confusão atual.

As palavras que se seguem não trazem uma nova religião, contudo devem ser um archote para todos os ouvintes e leitores sérios, a fim de que encontrem com isso o caminho certo que os conduza à altura almejada.

Só pode progredir espiritualmente quem se movimenta por si. O insensato, que, sob a forma de concepções pré-estabelecidas, se serve de recursos alheios, segue seu caminho como se andasse de muletas, enquanto os seus próprios membros sadios ficam para isso inutilizados.

Mas tão logo se utilize corajosamente, como instrumento para sua ascensão, de todas as faculdades que se encontram adormecidas à espera de seu apelo, estará usando, segundo a Vontade do Criador, as moedas de talento que lhe foram confiadas; assim, superará como que brincando todos os empecilhos que venham a cruzar seu caminho para desviá-lo.

Por isso, despertai! Somente na convicção repousa a verdadeira crença, e a convicção surge unicamente por meio de avaliações e exames rigorosos! Estai vivos na maravilhosa Criação de vosso Deus!

 

Abd-ru-shin


O QUE PROCURAIS?

O que procurais? Dizei, o que vem a ser esta agitação impetuosa? Tal como um bramido, percorre o mundo e um dilúvio de livros inunda todos os povos. Estudiosos pesquisam antigas escrituras, investigam, cismam até à exaustão espiritual. Surgem profetas para advertir, para prometer …, de todos os lados, de repente se deseja febrilmente espalhar nova luz!

Eis o que atualmente assalta as almas humanas agitadas, sem as refrescar nem revigorar, antes crestando, consumindo e absorvendo as últimas forças que ainda restam a estas almas dilaceradas, nesta sombria época atual.

Desponta também, aqui e acolá, um sussurro, um murmúrio de crescente expectativa de qualquer coisa iminente. Agitado está cada nervo, tenso de anseios inconscientes. Palpita, borbulha e paira por sobre tudo, de maneira funesta, uma espécie de atordoamento. Gestação malsã. O que haverá de gerar? Confusão, desalento e perdição, caso não seja rasgada energicamente a camada escura que agora envolve espiritualmente o globo terrestre e que, com a tenacidade viscosa do lamaçal imundo, absorve e sufoca cada pensamento livre e luminoso em ascensão, antes que ele se tenha fortalecido; e, com o silêncio lúgubre de um pântano, abafa, no nascedouro, todas as boas intenções, desintegrando-as, aniquilando-as, antes que possa surgir qualquer ação.

Mas o clamor dos que buscam a Luz, clamor esse que tem força para romper esse lodaçal, é desviado, esmaece ante uma abóboda impenetrável, erigida de propósito justamente por aqueles que supõem ajudar. Em lugar de pão, oferecem pedras!

Considerai esta infinidade de livros:

Com eles, o espírito humano apenas se cansa, não se vivifica! E isso é a prova da esterilidade de tudo quanto oferecem. O que cansa o espírito jamais é o correto.

O pão espiritual revigora imediatamente, a Verdade reconforta e a Luz vivifica!

As pessoas simples devem desanimar deveras, quando vêem os muros que foram levantados em torno do Além pela assim chamada ciência do espírito. Quem dentre os simples pode entender as frases eruditas e as expressões estranhas? Destinar-se-á o Além só para os iniciados na ciência do espírito?

E falam de Deus! Acaso é necessário fundar uma universidade para aí primeiro se adquirir a capacidade de entender o conceito de Divindade? Onde leva essa mania que em grande parte se origina apenas da ambição?

Como bêbados, cambaleiam de um lugar para outro os leitores e os ouvintes, inseguros, sem liberdade interior, unilaterais, uma vez que foram desviados do caminho simples.

Escutai, o’ desalentados! Erguei o olhar vós que buscais com seriedade: O caminho para o Altíssimo se encontra preparado diante de cada homem! A erudição não é a porta que conduz até lá!

Cristo Jesus, esse grande exemplo no verdadeiro caminho para a Luz, escolheu os seus discípulos entre os fariseus eruditos? Entre os pesquisadores das escrituras? Escolheu-os entre os humildes e simples, porque eles não tinham que lutar contra esse grande engano de que o caminho para a Luz deve ser penoso para aprender e difícil de seguir.

Essa idéia é a maior inimiga dos homens, é uma mentira!

Por isso, afastai-vos de todo pedantismo científico, quando se trata do que há de mais sagrado no homem e que exige ser apreendido plenamente! Abandonai isso, porque quando a ciência é produto do cérebro humano, é obra parcial e como tal terá que continuar.

Ponderai: como poderia a ciência penosamente aprendida levar à Divindade? Ora, o que é o saber, de maneira geral? É aquilo que o cérebro pode compreender. Quão restrita é, contudo, a capacidade de compreensão do cérebro, que permanece firmemente ligado ao espaço e ao tempo. O cérebro humano já não consegue apreender nem o conceito de eternidade nem o sentido de infinito, justamente o que se acha inseparavelmente ligado à Divindade.

O cérebro, todavia, emudece ante essa força inapreensível que flui através de tudo o que existe e da qual ele próprio haure sua atividade. Força que todos sentem dia após dia, hora após hora, a cada instante, como algo evidente, cuja existência a ciência sempre reconheceu e que, apesar disso, se procura em vão alcançar e apreender com o cérebro, portanto com o co­nhecimento intelectual.

Assim, pois, é imperfeita a atividade de um cérebro, essa pedra fundamental e instrumento da ciência; e essa limitação naturalmente permeia também as obras que ele constrói, portanto todas as ciências. Por conseguinte, a ciência é boa para fazer analogia, a fim de melhorar a compreensão, para subdividir e classificar tudo quanto recebe pronto da Força Criadora que a precede, tendo infalivelmente que malograr sempre que pretender arrogar a si o direito de dirigir ou criticar, enquanto se ligar tão firmemente ao intelecto, como até agora, isto é, à capacidade de compreensão do cérebro.

É por esse motivo que a erudição e também a humanidade, que por ela se guia, sempre permanecem presas a detalhes, ao passo que cada homem traz em si, como dádiva, o grande Todo inapreensível, estando ele plenamente capacitado a atingir, sem estudos penosos, o que há de mais nobre e excelso!

Portanto fora com essa tortura inútil da escravidão do espírito! Não é em vão que o grande Mestre nos dirige o apelo: „Tornai-vos como as crianças!“

Quem possui em si vontade firme para o bem e se esforça em revestir seus pensamentos de pureza, esse já encontrou o caminho para o Altíssimo! E assim tudo o mais lhe será concedido. Para tanto, não precisa de livros ou de esforço espiritual, nem de penitência ou de isolamento. Será sadio de corpo e alma, livre de toda pressão das cismas mórbidas, pois todo exagero é prejudicial. Deveis ser homens e não plantas de estufa que, devido ao desenvolvimento unilateral, logo sucumbem ao primeiro sopro de vento!

Despertai! Olhai em redor! Ouvi vosso íntimo! Unicamente isso consegue abrir o caminho!

Não deis atenção às querelas das igrejas. O grande Portador da Verdade, Cristo Jesus, a encarnação do Amor Divino, não se preocupou com as confissões. Aliás, o que significam hoje as confissões? Aprisionamento do espírito livre do homem, escravização da centelha de Deus que habita em vós; dogmas, que procuram comprimir a Obra do Criador e também Seu Amor imenso nas formas forjadas pelo intelecto humano, o que equivale ao rebaixamento e à desvalorização sistemática do conceito de Deus.

Este procedimento repugna todo aquele que busca sinceramente, porque assim jamais poderá vivenciar a grande realidade, sendo que seu anseio pela Verdade tornar-se-á cada vez mais sem esperança e finalmente ele de­sesperar-se-á de si e do mundo!

Por isso, despertai! Derrubai as barreiras dos dogmas que existem em vós, rasgai a venda, para que a Luz pura do Altíssimo possa atingir-vos sem distorção. Então o vosso espírito, exultante, alçará vôo para as alturas, sentindo com júbilo todo o grande Amor do Pai, que desconhece os limites do intelecto terreno. Finalmente, sabereis que sois uma parte deste Amor, que sem esforço O compreendereis plenamente e a Ele vos unireis, recebendo assim diariamente, hora após hora, nova força, como uma dádiva que torna natural para vós a saída do caos e a ascensão!

 

CLAMANDO PELO AUXILIADOR

Observemos agora, mais de perto, todos os homens que hoje procuram, com especial interesse, um auxiliador espiritual e que, com enlevo interior, esperam sua vinda. Cuidam-se já perfeitamente preparados espiritualmente para reconhecê-lo e ouvir sua palavra!

Uma observação mais serena nos revela um grande número de cisões. A missão de Cristo, por exemplo, produziu em muitos homens um efeito estranho. Criaram sobre ela uma falsa imagem. Como de hábito, a causa disso foi a auto-avaliação incorreta, a presunção.

Em lugar da antiga veneração, e em vez de se manter uma distância natural e uma delimitação nítida entre a humanidade e seu Deus, tem se formado, de um lado, uma lamuriosa mendicância que sempre quer apenas receber mas que, por preço algum, quer fazer algo. Bem que aceitaram o „ora“, todavia não querem saber que ainda existe „e trabalha“, isto é, „trabalha em ti mesmo“.

De outro lado, julgam-se tão suficientes, tão independentes, que eles próprios tudo poderão fazer e, com algum esforço, até mesmo se tornar divinos.

Há também muitos homens que só exigem e esperam que Deus corra atrás deles. Por já ter mandado Seu Filho uma vez, Ele deu prova de quanto lhe é importante que a humanidade se aproxime d’Ele; mais ainda, que talvez Ele até precise dela! Para onde quer que se olhe, encontra-se em tudo apenas arrogância, nenhuma humildade. Falta a correta avaliação de si próprio.

Antes de mais nada, torna-se necessário que o homem desça de seu pe­destal artificial para poder ser verdadeiramente homem e, como tal, iniciar sua ascensão.

Encontra-se hoje ao pé da montanha, em cima de uma árvore, enfatuado espiritualmente, em vez de se manter firme e seguro com os dois pés no chão. Assim, nunca poderá escalar a montanha, se antes não descer ou cair da árvore.

Enquanto isso, todos os que, serenos e sensatos, seguiram seu caminho por terra, passando sob sua árvore, de onde ele os contemplava com desprezo, provavelmente já tenham chegado ao cume.

Mas os acontecimentos virão em seu auxílio, pois, em tempo muito próximo, a árvore cairá. Então, talvez esse homem reflita melhor, quando de altura tão insegura cair bruscamente ao chão. Aí seus últimos momentos terão chegado, não lhe restando uma hora sequer para desperdiçar.

Hoje, muitos julgam que podem continuar no desleixo, como em milênios passados. Comodamente refestelados em suas poltronas, estão à espera de um forte auxiliador.

Mas que idéia fazem desse auxiliador! Chega realmente a causar comiseração.

Em primeiro lugar, esperam dele ou, para dizer a verdade, exigem que ele prepare a cada um, individualmente, o caminho para o Alto, em direção à Luz! Ele é que tem que se esforçar para construir pontes, a fim de que os adeptos de todos os credos encontrem o caminho da Verdade! Ele deve tornar as coisas tão fáceis e compreensíveis, que qualquer um possa compreendê-las sem esforço. Suas palavras devem ser escolhidas tão acertadamente, que convençam facilmente os grandes e os pequenos de todas as camadas sociais.

Tão logo o homem tenha pessoalmente que se esforçar e pensar por si próprio, achará que não se trata de um verdadeiro auxiliador, pois, se este foi escolhido para conduzi-lo no caminho certo com sua palavra, terá naturalmente também que se esforçar em favor dos homens. Sua tarefa é convencê-los, despertá-los! Afinal, Cristo também deu a Sua vida.

Os que hoje pensam dessa maneira, e são em grande número, não precisam mais se esforçar, pois se parecem com as virgens insensatas da parábola, caminham para o „tarde demais“!

O auxiliador certamente não os despertará, pelo contrário, deixará que continuem dormindo tranqüilamente, até que o portal seja fechado e eles não possam achar a entrada para a Luz, uma vez que não podem se liber­tar a tempo do plano material, para o que a palavra do auxiliador lhes havia mostrado o caminho.

Ora, o homem não vale tanto quanto tem imaginado. Deus não precisa dele, ele, sim, é que necessita de seu Deus!

Já que hoje a humanidade, com seu chamado progresso, não sabe mais o que realmente quer, ver-se-á finalmente obrigada a saber o que deve!

Essa espécie de homem passará buscando e também criticando com superioridade como também tantos outros outrora já passaram por Aquele para cuja vinda tudo já fora preparado pelas revelações.

Como se pode imaginar um auxiliador espiritual assim!

Ele não fará à humanidade a mínima concessão e onde esperam que conceda, ele exigirá!

Porém aquele homem capaz de raciocinar de modo sério, logo reconhecerá que, exatamente na exigência irrestrita e severa de uma reflexão atenta, repousa a melhor ajuda de que a humanidade, já profundamente emaranhada em sua preguiça espiritual, necessita para sua salvação! Exatamente pelo fato de um auxiliador exigir desde logo, para a compreensão de suas palavras, vivacidade espiritual, vontade séria e esforço próprio, separa facilmente, já no início, o joio do trigo. Existe nisso uma atuação autônoma como só se dá nas Leis Divinas. E assim sucederá aos homens exatamente o que de fato desejam.

Ainda há, entretanto, uma outra espécie de homens que se julgam especialmente vivazes!

Naturalmente eles fizeram uma imagem muito diferente de um auxiliador, conforme se pode ler em relatos, todavia uma imagem não menos grotesca, já que esperam que lhes surja … um acrobata espiritual.

Em todo caso, milhares de pessoas já supõem que a clarividência, a clariaudiência, a percepção sensitiva acima do normal etc., sejam um grande progresso, quando na realidade não é assim. Tais valores adquiridos, cultivados, e mesmo os dons inatos, nunca podem erguer-se acima do plano terreno, portanto movimentam-se apenas em limites inferiores, que jamais poderão pretender atingir planos elevados e, por conseguinte, são bastante desprovidos de valor.

Será que é assim que pretendem ajudar a humanidade a ascender, mos­trando-lhe ou ensinando-lhe a ver e ouvir coisas da matéria fina do mesmo nível.

Isso nada tem a ver com a verdadeira ascensão do espírito, tampouco tem utilidade para os acontecimentos terrenos! São acrobacias espirituais, nada mais que isso, de interesse para alguns indivíduos, mas sem nenhum valor para a humanidade como um todo!

Que todos esses desejem um auxiliador daquela espécie que, enfim, tenha mais capacidade do que eles, é coisa facilmente compreensível.

Todavia existe um grande número de pessoas que vai ainda mais longe, às raias do ridículo, embora leve isso muito a sério.

Para estas, por exemplo, vale, como condição fundamental para provar a qualidade do guia, que ele … não possa se resfriar! Aquele que puder se resfriar está descartado, pois isso significa, segundo a opinião dessas pessoas, que não se trata de um auxiliador ideal. Um auxiliador forte tem que ser, em todas as contingências e antes de mais nada, espiritualmente superior a todas essas ninharias.

Isso talvez possa parecer um pouco artificial e ridículo, mas se trata apenas de fatos colhidos e significa uma pálida repetição da antiga exclamação: „Se és o Filho de Deus, então ajuda a ti mesmo e desce da cruz.“. Isso já gritam hoje, antes mesmo que se vislumbre um tal auxiliador!

Pobres ignorantes! De nenhum modo é uma personalidade extraordinária aquele que exercita seu corpo de maneira tão unilateral, que, sob o domínio do espírito, o torna temporariamente insensível. Os que o admiram se parecem com aquelas crianças de séculos passados que, boquiabertas e com olhos brilhantes, seguiam as contorções de malabaristas ambulantes, enquanto nelas despertava o desejo ardente de também poderem fazer o mesmo.

Na atualidade, muitos dos assim chamados perscrutadores das coisas espirituais e de Deus não são mais evoluídos no âmbito espiritual do que aquelas crianças de outrora, no âmbito puramente terreno!

Prossigamos em nossas reflexões: os cidadãos ambulantes dos tempos antigos, dos quais acabei de falar, desenvolveram-se cada vez mais, tornando-se acrobatas nos circos e nos teatros de variedades. Suas habilidades atingiram proporções gigantescas e, diariamente, milhares de espectadores exigentes assistem ainda hoje, sempre com nova admiração e freqüentemente com calafrios, a tais apresentações. Por ventura tiram disso algum proveito para si? Que vantagem levam de tais momentos, apesar de alguns acrobatas arriscarem até a vida em suas apresentações? Absolutamente ne­nhuma, pois, mesmo tendo chegado à máxima perfeição, todas essas coisas hão de permanecer sempre restritas apenas ao âmbito das variedades e dos circos. Continuarão sempre servindo apenas para entretenimento, porém jamais proporcionarão qualquer proveito para a humanidade.

Todavia semelhante acrobacia no plano espiritual é o que se procura atualmente como critério para o grande auxiliador!

Deixai para tais homens os palhaços espirituais! Em breve vivenciarão até onde isso os conduzirá! Também ignoram o que, na realidade, pretendem com isso. Ponderam: grande é somente aquele cujo espírito domina o corpo, de maneira que este não mais conheça a doença!

Toda essa orientação é unilateral, sendo que a unilateralidade resulta apenas em coisa malsã, doentia! Com tais práticas não se fortalece o espírito, mas apenas se enfraquece o corpo! O necessário equilíbrio para a harmonia sadia entre o corpo e o espírito é perturbado e, por fim, tal espírito se desliga prematuramente do corpo maltratado, que não lhe pode mais garantir a vigorosa e sadia ressonância para a vivência terrena. Esta, porém, vai fazer falta ao espírito, que assim chegará imaturo ao Além. Mais uma vez terá que viver sua existência na Terra.

Trata-se de artifícios espirituais, nada mais; eles se processam à custa do corpo terreno que, na realidade, deve auxiliar o espírito. O corpo faz parte de um período de evolução do espírito. Caso seja enfraquecido e oprimido, não poderá ser de muita utilidade para o espírito, pois suas irradiações são por demais fracas para proporcionarem ao espírito, na materialidade, o vigor pleno de que necessita.

Se uma pessoa quiser dominar uma enfermidade, terá que produzir espiritualmente algo como a pressão de um êxtase sobre o corpo, assim como, em proporção menor, o medo do dentista é capaz de suprimir a dor. Tais circunstâncias de elevado êxtase o corpo suporta talvez uma vez sem correr perigo, eventualmente até várias, mas não permanentemente sem sofrer sérios danos.

E quando um auxiliador fizer ou propuser isso, não merecerá ser auxiliador, pois com sua atuação infringe as Leis naturais da Criação. O homem terreno deve preservar seu corpo como um bem que lhe foi confiado e procurar manter a harmonia sadia entre o espírito e o corpo. Caso esta seja perturbada por meio de uma repressão unilateral, então não se trata de progresso nem de ascensão, mas sim de um empecilho incisivo para a realização de suas tarefas na Terra bem como na materialidade, de um modo geral. Ficará perdida a força plena do espírito quanto ao seu efeito na materialidade, porque de qualquer forma ele necessita para isso da força de um corpo terreno não-subjugado, mas em harmonia com o espírito!

Quem, baseado nisso, é chamado de mestre, tem menos valor do que o aluno que ignora completamente as tarefas do espírito humano e suas necessidades de desenvolvimento! É até mesmo nocivo para o espírito.

Os homens não tardarão a reconhecer dolorosamente sua insensatez.

Porém todo falso auxiliador terá que passar por experiências amargas! Sua ascensão no Além só poderá começar quando o último de todos aqueles que ele reteve com suas brincadeiras espirituais ou que até mesmo desviou, tiver chegado ao reconhecimento. Enquanto seus livros, seus escritos, continuarem a exercer influência aqui na Terra, ele permanecerá retido no Além, mesmo que, nesse ínterim, tenha chegado lá a um melhor reconhecimento.

Todo aquele que recomenda exercícios de ocultismo dá aos homens pedra em lugar de pão, mostrando com isso que não possui a menor idéia do que realmente se passa no Além, menos ainda de toda a engrenagem do Universo!


Lisätietoja
ISBN 978-3-87860-785-4
Kirjailija Abd-ru-shin
Mitat 14 x 21 x 7,5 cm
Sivumäärä 1059
Kieli Português
Toimitusaika Saksa: 1-3 työpäivää muissa maissa: 5-30 työpäivää